Vietname e Laos

Começamos a nossa viagem pelo Vietname, que se nos apresentará pela sua frenética capital com as suas milhares de motas que nos ensinam que numa rua cabem bem mais do que apenas dois sentidos. Aqui os cafés viajam nas costas dos seus donos, porque o negócio não pode parar apenas porque Maomé não vai à montanha, e o cabelo corta-se na rua, porque, aparentemente, ela está ainda e sempre necessitada de um pouco mais de agitação. Tomado o café e recolhido o estabelecimento, colocamos também nós a mochila às costas e iniciamos a nossa viagem rumo ao sul, mergulhando em baias repletas de ilhas cuspidas por dragões e que fazem troça da nossa noção de distância, mercados flutuantes, bairros construídos sobre a água. Voltaremos ao Vietname no final da nossa viagem, para visitar antigas capitais de impérios, conhecer cidades visitadas por portugueses há mais de 500 anos e relaxar em praias tropicais antes de atacar Ho Chi Minh, a antiga Saigão, terminando a nossa aventura no tom com que a iniciamos: no frenesim de uma metrópole asiática.

Pelo meio, uma fuga pelo sul do Laos. Fugindo do Norte já mais turístico, vamos perder-nos por onde a vida não corre, simplesmente caminha. Seguiremos por terras onde a água domina, onde as grutas parecem não ter fim, os tesouros se escondem nos locais mais inesperados e a simplicidade e calor das pessoas se medem nas singelas e constantes oferendas de comida. Mas sobretudo, terras dominadas pelo verde mais virgem, pela natureza como ela é, como sempre foi... Porque neste Laos, nada se cria, nada se perde, mas aparentemente também nada se transforma!

​​

• Hanói, todo o frenesim de uma metrópole asiática, uma cidade onde os cafés caminham em nossa direcção carregados às costas dos seus proprietários, as hamacas tomam o lugar dos bancos de jardim e o quotidiano parece dispensar quatro paredes;

• Ha Long Bay, a baía onde desceu a mãe dragão com as suas 1600 ilhas e morros por si esculpidos, os seus bairros flutuantes e mercados que deslizam pela água (Património Mundial pela UNESCO);

• Ninh Binh / Tam Coc, serpenteie, num barco a remos movidos pelos pés, pelas imponentes montanhas de pedra e verde que se elevam a partir de densos arrozais, por entre uma neblina que apenas adensa todo o misticismo deste local;

• Resista aos 500 degraus do Templo de Hang Mua para poder perder o fôlego já no seu topo com a magnífica vista que este lhe proporciona;

• Thakhek, perca-se na infindável gruta de Kong Lor, capaz de o engolir durante todo um dia;

• Pakse, uma pequena vila rural que esconde as ruínas de Wat Phu, complexo de templos do Império Khmer, Património Mundial da UNESCO;

• 4000 islands, onde as casas se elevam a partir da água, os búfalos ajudam nas lides agrícolas e a fronteira entre terra e água parece por vezes imperceptível...;

• Hué, antiga capital Imperial, preserva magníficos templos, pagodes e uma belíssima cidadela;

• Hoi An, porque ninguém pode dizer ter estado no Vietname sem visitar esta apaixonante cidade colonial das mil e uma lanternas de papel, da mais genuína comida vietnamita e visitada por Portugueses há mais de 500 anos;

• Nha Trang, paraísos de palmeiras e vastos areais, onde o correr tranquilo do dia é apenas quebrado pela agitação da vida nocturna;

• Ho Chi Minh, a caótica e frenética cidade de Saigão, o Delta do rio Mekong e os túneis de Cu Chi, locais históricos onde se jogou muito do destino da guerra do Vietname.